Senegal/Linguère: um novo furo põe fim a uma carência de água potável de dez anos em Mboula
Na quinta-feira, a comuna de Mboula, no distrito de Yang-Yang, em Linguère, inaugurou um novo furo, pondo fim a uma década de problemas de acesso à água potável.
A cerimónia contou com a presença do Diretor-Geral do Office des forages ruraux (OFOR), Serigne Mbacké Dieng, e do Diretor-Geral da Sénégalaise des eaux rurales (SDER), Mouhamadou Lamine Diakhaté.
"Viemos inaugurar a entrada em funcionamento do sistema de abastecimento de água à comuna de Mboula. O antigo furo estava fora de serviço há vários meses, devido à salinização do lençol freático. As pessoas já não tinham acesso a água potável", explicou o Sr. Diakhaté.
Realizado conjuntamente pelo OFOR e pela SDER, o projeto insere-se numa reforma de profissionalização do serviço público de água nas zonas rurais, com o objetivo de gerir as infra-estruturas hídricas de forma mais eficaz e sustentável.
"Os problemas recorrentes na gestão das instalações hídricas afectaram gravemente o acesso à água potável nas zonas rurais. A situação é semelhante em quase todas as comunas do departamento de Linguère", afirmou o Diretor-Geral da SDER.
Serigne Mbacké Dieng, Diretor do OFOR, salientou que dos dezoito furos que se avariaram na região desde abril de 2025, treze já foram recolocados em serviço.
"Em Linguère, "30% dos furos estão em serviço há mais de trinta anos", disse ele.
Recordou igualmente a assinatura de dois contratos de locação por dez anos entre o Estado, a SDER e a OFOR, para assegurar a gestão sustentável do serviço de água nas regiões de Saint-Louis, Louga e Matam.
O objetivo desta reforma é garantir a equidade territorial no acesso à água, em consonância com os objectivos de soberania alimentar, tal como definidos na agenda 2050", afirmou.
Durante a inauguração, foram entregues geradores às aldeias de Médina Alpha, Klif Dek 1 e Klif Dek 2, na comuna de Mboula. Foi também efectuada uma visita ao furo de Somme, na comuna vizinha de Ouarkhokh.
Os habitantes locais ficaram aliviados com a entrada em funcionamento do novo furo.
"A água do furo anterior era salgada e imprópria para consumo. Durante quase dez anos, tivemos de percorrer vários quilómetros até Mboynane ou Mbeuleukhé para ter acesso a água potável. Este novo furo marca o fim do nosso calvário", afirmam Ngagne Demba Niang, o chefe da aldeia, e Mamadou Mbengue, o porta-voz dos aldeões.
Os aldeões exprimiram, no entanto, um certo número de queixas, reclamando a construção de novos furos, torres de água e redes de distribuição nas localidades ainda não ligadas ao perímetro de água de Yang-Yang.
Fonte: aps.sn/
